Frente Parlamentar do Leite foi criada em 2019 após reclamações de elevado custo a desmotivação por parte de produtores.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Grupo falou sobre as metodologias para definição do preço do leite e derivados no Estado - Wagner Guimarães/Divulgação

Em 2019, a reclamação dos produtores de leite, antes restrita a associações e sindicatos, ganhou força e chegou até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), com a criação da Frente Parlamentar do Leite. Dois anos depois, a categoria voltou a se manifestar para a criação de um novo índice do leite.

O encontro, ocorrido nessa quinta-feira (2), foi proposto pelo deputado Renato Câmara (MDB), coordenador do grupo de trabalho da ALEMS. Atualmente, o preço dos produtos lácteos de MS é feito por meio do Índice do Leite, no entanto há debate para que o valor volte a ser definido pela metodologia do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul (Conseleite).

Este conselho foi desativado em setembro de 2020, quando o Índice do Leite passou a ser adotado em MS. Atualmente, muitos produtores pedem a volta do Conseleite, dizendo ser uma “metodologia mais eficaz”.

Na ocasião, o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande (SRCG), Wilson Igi, aproveitou a oportunidade para fazer uma comparação entre as duas metodologias, mostrando as vantagens e desvantagens de cada uma das referências.

“Com várias pessoas pedindo a volta do Conseleite, incluindo deputados, nós, que fomos protagonistas no encerramento do Conseleite e na criação do índice, achamos que tínhamos obrigação de prestar esclarecimento do por que acabamos com o Conseleite”, afirmou Igi.

Segundo Igi, o objetivo do Índice do Leite foi substituir o Conseleite, além de indicar variação do preço de uma cesta de produtos para servir de referência para negociação do leite ou de indexador para o preço do leite.

Já em 2019, um deputado de Goiás mostrou a metodologia já adotada naquele estado, porém, houve pouca divulgação e isso teria prejudicado. Agora, parte da categoria pede a volta do Conseleite.

O índice de MS é composto por uma cesta de quatro produtos: leite spot, pasteurizado, UHT e muçarela. As vantagens da metodologia, ainda de acordo com Igi, são o custo zero para produtores e indústrias; participação de todas as indústrias do Estado; a transparência dos valores e volumes (nota fiscal); e a disponibilização de um índice para reajuste do leite.

Sobre as desvantagens ele apontou a inexistência de valores de referência; a inexistência de tabela de remuneração por volume e qualidade; e o distanciamento entre produtores e indústria.

“Esse distanciamento, até por causa da pandemia, prejudicou a divulgação do índice. A informação não chegou à ponta e isso gerou o desconforto do pedido para a volta do Conseleite”, justificou o representante do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso do Sul (Silems), Paulo Fernando.

Conselho paritário

Relativo ao Conseleite, o presidente do Sindicato Rural destacou que era um conselho paritário que definia preço de referência no Estado – base para negociação entre as partes. Era de livre adesão, com transparência de regras e metodologias, decisões paritárias com base técnica e composto por 10 empresas. Existiam parâmetros fixos e variados para compor o valor de referência.

Entre as vantagens estavam maior interação entre industriais e produtores; conhecimento dos preços dos concorrentes; divulgação do preço referência; e previsão de preços do mês seguinte.

As desvantagens eram: indústria tinha acesso ao custo de produção estimado da matéria prima do leite e produtor não tinha acesso aos preços da indústria; preço e volume de venda sem transparência; demora na revisão dos custos; e remuneração da universidade tinha alto custo e não foi paritário. “Esses últimos três itens deram motivo para encerrar o Conseleite”, relembrou Igi.

A aplicação da tecnologia nas fazendas por meio de algoritmos e processamento de dados é um fator do futuro da pecuária e da medicina veterinária, com o objetivo de melhorar a lucratividade das fazendas, promover o bem-estar animal, proteger o meio ambiente e também garantir a saúde humana.

Você pode estar interessado em

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *

Para comentar ou responder, você deve 

ou

Notas
Relacionadas

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER