O Governo reconheceu que o setor leiteiro tem atravessado uma situação “muito complexa”, com o aumento dos custos de produção, adiantando que estão a ser avançados apoios.
Fonte: Vida Rural

O Governo reconheceu que o setor leiteiro tem atravessado uma situação “muito complexa”, com o aumento dos custos de produção, adiantando que estão a ser avançados apoios. Por sua vez, o PCP defendeu “apoios extraordinários”, bem como um regime de regulação do mercado, apontando para um “setor a definhar”, avança a agência Lusa.

Governo reconhece “situação muito complexa”

“O setor leiteiro tem atravessado uma situação muito complexa, difícil, com o crescimento significativo dos custos de produção”, defendeu o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Martinho.

O governante recordou que foram tomadas um conjunto de medidas de apoio ao setor, nomeadamente, com a criação de uma comissão especializada de acompanhamento e monitorização. Por outro lado, foram estabelecidas dotações específicas, no âmbito dos concursos do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.

“Uma outra medida que visou o setor leiteiro foi a de apoio ao investimento no tratamento dos efluentes pecuários”, apontou. A par disto, “está em vias de ser aberto” um aviso destinado às organizações interprofissionais do setor, tendo em vista a melhoria da rentabilidade económica da fileira.

Já a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, lembrou que a subcomissão da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA) vai voltar a reunir-se no início de dezembro, altura em que serão apresentadas “propostas concretas” e iniciativas para resolver os problemas do setor.

A titular da pasta da Agricultura sublinhou ainda que Portugal é excedentário na produção de leite e manteiga e deficitário na de queijo e iogurte. “Esperamos sinceramente que o setor possa reorganizar-se e acrescentar valor para conseguirmos ter um setor justo, desde a produção à transformação, para que também o preço seja justo da produção ao consumidor”, concluiu.

O PCP afirmou querer “apoios extraordinários” para produtores de leite. Em declarações à agência Lusa, o deputado comunista João Dias acusou o Governo de “continuar a olhar para o setor a definhar” e de não tomar medidas, alertando que “muitas explorações estão no caminho do encerramento”.

Entre as soluções sugeridas pelos comunistas estão “apoios extraordinários”, nomeadamente para suportar custos relativos à alimentação dos animais, energia, adubos e até a produção de forragens.

Para o PCP, existe também a necessidade de um regime de regulação do mercado: “O Governo deve fazer diligências junto dos outros estados-membros da União Europeia no sentido de ser criado um regime de regulação do mercado, como já existiu no caso das quotas leiteiras”, apontou.

De acordo com o deputado, as sugestões do PCP pretendem também “combater a especulação que é feita pelas cadeias de distribuição, porque a verdade é que o preço pago ao produtor é muito baixo”.

O custo do litro de leite pago ao produtor em outubro passado em Portugal foi de 30 cêntimos, enquanto a média paga na União Europeia é de 38 cêntimos.

As atividades iniciaram em 2016 com 60 vacas prenhas. Ao longo dos anos, o rebanho da Bacelar Agroleite aumentou e em 2023 alcançou aproximadamente 900 animais, sendo 420 em lactação, e uma produção diária média de 16 mil litros de leite.

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