Se de um lado indica um cenário promissor para algumas cadeias produtivas, de outro o Acordo Mercosul-União Europeia,
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

Se de um lado indica um cenário promissor para algumas cadeias produtivas, de outro o Acordo Mercosul-União Europeia, assinado recentemente, exigirá do Brasil precaução para que alguns setores não enfrentam adversidades capazes de reduzir de modo significativo sua competitividade no mercado interno, em razão de subsídios e apoios concedidos pela UE aos seus produtores,  alerta a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). Em nota técnica, a entidade aponta a necessidade de atenção para quatro segmentos: leite, cebola, olivicultura e vinhos.

A nota técnica da Farsul, assinada pelo agrônomo Róger Frederico Strauss, analista agropecuário e florestal, avalia as perspectivas para as cadeias produtivas do agro gaúcho com o acordo Mercosul-UE, mas também serve como sinalização para os estados em que a pecuária de leite, a cultura de oliveira e a produção de cebola e vinhos tenham importância econômica.

Abaixo, a análise apresentada na nota técnica da Farsul sobre esses quatro setores:

LEITE – “Segundo o Movimento Construindo Leite Brasil, o tratado de livre comércio pode agravar a situação do segmento. A cadeia possui subsídios na UE, o que faz com que o custo de produção seja menor quando comparado ao custo do Brasil. Com o acordo, esse produto pode entrar a um preço muito baixo no Brasil, pressionando os preços internos e consequentemente gerando uma diminuição de renda para o produtor brasileiro. Conforme secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, para evitar danos maiores ao setor, o governo deverá adotar medidas de apoio aos produtores e indústria, como o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), além de reforço no seguro rural. Ainda segundo Palharin, o lado positivo pode vir com a redução nos preços de equipamentos importados para o setor, como ordenhadeiras robotizadas”

CEBOLA – A cebola da Europa, especialmente da Holanda, é produzida com subsídios do governo e pode entrar no Brasil a um preço mais baixo quando comparado aos níveis de preços nacionais. Em 2017, a cebola entrou na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum – LETEC, tendo as importações taxadas em 25% para o ano de 2018, 20% a partir de 2019, 15% para 2021 e posterior retorno para a condição normal, com o intuito de melhorar as condições de concorrência do produto nacional. O acordo Mercosul-UE pode diminuir a competitividade da cebola nacional.

VINHOS – “Segundo o diretor do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, o acordo vai aumentar a importação do vinho europeu, que conta com subsídios e carga tributária inferior à do produto brasileiro. Por isso, o segmento cobra compensações, que incluem linhas de crédito e redução de taxas de juros.”

OLIVICULTURA – A aplicação de mais benefícios aos azeites europeus pode ser uma ameaça ao desenvolvimento da ainda jovem olivicultura brasileira, motivo pelo qual o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), ainda no ano de 2018, havia protocolado pedido para que o Mapa intercede-se junto à negociação entre Mercosul-UE, a fim de evitar zerar a tarifa de importação do azeite de oliva.”

 

NEWVILLE – Skyr, um iogurte de estilo islandês, pode não estar no seu radar alimentar pessoal ainda. Mas daqui a cinco anos, quem sabe? Esse

Você pode estar interessado em

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *

Para comentar ou responder, você deve 

ou

Notas
Relacionadas

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER